Os preços do ouro desceram ligeiramente no início da sessão europeia, prolongando a tendência observada nas últimas semanas, durante as quais os preços têm mostrado dificuldade em afastar-se dos níveis atuais. O suporte ao metal precioso mantém-se, impulsionado pela incerteza geopolítica global, que reforça o apelo do ouro como ativo de refúgio. No entanto, os investidores mostram-se cada vez mais céticos quanto à capacidade da Reserva Federal de avançar com o esperado ciclo de cortes nas taxas de juro. Os dados de PMI dos EUA divulgados ontem revelaram a leitura mais alta em 38 meses, destacando a resiliência da economia norte-americana. Esta solidez, aliada às expectativas de elevada inflação decorrente de políticas protecionistas sob a nova administração, sugere que o banco central poderá ser forçado a manter taxas de juro elevadas por um período prolongado. Esta dinâmica está a impulsionar os rendimentos das obrigações do tesouro e a fortalecer o dólar norte-americano, fatores que limitam o potencial de valorização do ouro, que não gera rendimentos.